COMO IDENTIFICAR UM GAY QUE NÃO SAIU DO ARMÁRIO

Outro dia estava a pesquisar as estatísticas aqui do blog e deparei-me com uma pesquisa interessante: “Como identificar um gay que não saiu do armário”. Pois bem, o pobre utilizador em vez de um armário fechado, foi dar com o meu blog de portas completamente escancaradas. Mas ao contrário deste pequenino cantinho na net, há muita gente que ainda vive fechadinnho a 7 chaves dentro de um armário pouco confortável.

Antes de mais há que distinguir duas realidades: uma delas é o facto de os que vivem dentro do armário por condicionantes familiares/profissionais e outros que não conseguem viver dentro de si a sua homossexualidade ou comportamentos homossexuais.

A família/Trabalho:
Inúmeros são os casos que todos nós conhecemos de pessoal que vive dentro do armário porque a família ainda acha que os gays vão arder no inferno e com acendalhas dentro dos bolsos.
Mas ainda existem alguns casos de descriminação dentro de forças policiais, militares ou outras. Por outro lado um homossexual paradoxalmente é bem visto em muitas empresas: embora, enfim há sempre um custo a pagar, aquelas roupas, aqueles penteados, mas no fundo são óptimos trabalhadores porque não há putos para pôr na creche nem a tia para dar a sopinha, pois muitos gays adultos ainda têm más relações familiares.

O armário como modo de vida:
Ainda existem muitos moços e moças que sentem que algo não está bem, mas não sabem bem identificar o que raio se passa.
Olham para o que deve ser certo, parece-lhes bem, mas há outro campo que é bem mais apetecível, ou se passa uma grande curiosidade. A pergunta fica no ar: São considerados Gays?
Não podemos dizer isso categoricamente. Para mim parece-me que um gay só o é, quando desenvolve dentro de si uma consciencialização e assume sem dificuldades. Agora existe muita gente que pensa em experimentar, mas vive no medo de “ai ai não poderei voltar atrás!!”.
São conhecidas também muitas histórias de adultos, que em jovens, tiveram algumas experiencias homossexuais e no final tudo acaba em bem: Um casamento hetero, assim a familia já nao embirra.

O inverso também acontece, algumas pessoas cansam-se da farça e soltam a franga. Curiosamente parece ser patológico em muitas mulheres quando atingem mais ou menos a altura da menopausa, há ali qualquer coisa que se desmonta e ops, lá se vai o marido e tem relações duradouras com outras mulheres.

Penso que não há mal nenhum em experimentar tudo, para se saber de facto o que se gosta. Chegamos a um ponto que ser homossexual não é uma aberração e não vale a pena reprimir esses desejos, desde que se cumpra todos os procedimentos de segurança e respeito pelo outro.

Depois disso tudo, se há vontade de repetir, estar com essa pessoa, ter uma relação, porque não? E se perguntarem nessa altura, e agora sou gay? A resposta por incrível que pareça pode ser NÃO.

Existem heterosexuais, que experienciam ou têm mesmo relações homossexuais e não vem mal nenhum ao mundo, e depois quando acaba podem ter de novo um registo de relações heterossexuais. Desde que eles se entendam lá dentro da cabeça, está tudo porreiro.

Com isto tudo fugi às tais palavras chave: como identificar??

São aqueles heterossexuais extremamente problemáticos que têm comportamentos muito estranhos. Sim falam de gajas, mas depois ficam a mirar um gajo. Aquelas cenas que todos nós conhecemos dos filmes, dormidas juntos, massagens e outros carinhos anexos tal como a mão no ombro ou na perna. Levam uma alta percentagem de gays à loucura pois, é aquele fruto extremamente apetecido e que ora parece perto, ora demasiado longe. No fim, está na decisão desse hetero confuso sair ou não do armário, nada que se possa fazer senão esperar.

Se por acaso algum gay tem uma história dessas, o que me parece nestes casos é esperar o tempo necessário, até haja alguma aparição. Se não ocorrer, talvez o melhor, embora custe muito, seja mesmo seguir para outra direcção. Sim eu sei, é carinhoso, é giro todos os dias e apetece levar para casa….O que fazer ne? Vale a pena sofrer assim tanto?

Infelizmente talvez a opção escolhida seja ela qual for será sempre errada.

Espero ter sido esclarecedor, pois pelo menos conheço aqui na blogosfera um caso destes e não tem sido agradável.