11/01/09

20,13:


Quando pensei em escrever qualquer coisa aqui para o blog, estava a ver aquele programa que corta tudo às postas (Só Visto – RTP) e estava a ver a nova estreia do filme de Niculau Breyner. Nessa altura lembrei-me do último filme português que vi e gostei.

Quando 20,13 estreou no cinema pensei para mim: irei ver mal puder! O que é facto é que como de costume, esqueci-me de o ver. Mais tarde, daí a um ano, estreou na RTP e, vá lá, consegui a partir do princípio e adorei.

24 de Dezembro de 1969 (como diria o nosso ilustre ex-presidente da AR Dr. Mota Amaral, “que curioso número”). A esposa do comandante aterra no destacamento do marido para surpreende-lo. A alegria para ele não é assim tão grande pois ele está apaixonado pelo ajudante do médico da companhia. Para ajudar à confusão a esposa do médico tem um fraquinho pelo comandante.
Um prisioneiro morto, uma vingança, um bombardeamento: medo, partilha, revelação e coragem.
O filme está extremamente bem feito e o realizador, mata dois coelhos apenas com uma marretada: um bom filme sobre a guerra colonial e também um bom “gay themed movie”.

Por mim, acho que deve existir espaço para aquele cinema dito europeu. Senhoras com ar de loucas, homens pensativos, três linhas de diálogo, e o público sai de lá com uns olhos que mais parecem uns pratos, sem perceber nada. Mas é muito importante que deva existir também cinema comercial em português, que tem dado provas de ser de boa qualidade.

Resumindo em conclusão, um filme a ver.

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